quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Honduras, uma lição para a republiqueta brasileira

Só para relembrar, quando a crise estourou em Honduras, o nosso Presidente, com sua assumida deficência intelectual, assessorado pelos impagáveis trapalhões Marco Aurélio "Top Top" Garcia e Celso "Megalonanico" Amorim, gritavam naquele tom petista raivoso coisas como:

Lula: "Não podemos aceitar ou reconhecer qualquer novo governo que não seja o do presidente Zelaya, porque ele foi eleito diretamente pelo voto, cumprindo as regras da democracia. E nós não podemos aceitar mais, na América Latina, alguém querer resolver o seu problema de poder pela via do golpe", afirmou. (Folha Online 29/06/09)

"Se Honduras não revir a posição, vai ficar totalmente ilhado no meio de um contingente enorme de países democráticos" (Folha Online 29/06/09)

“Não há meio termo. Temos que condenar esse golpe”  (Globo Online 29/06/09)

"Não podemos permitir que em pleno século XXI na América Latina haja um golpe militar. É inaceitável. Não podemos reconhecer o novo governo. Temos que exigir a volta do governo eleito democraticamente. Senão daqui a pouco vira moda outra vez" (Globo Online 29/06/09)

"A democracia significa que você pode retirar seu presidente de madrugada e colocar outro?" (Globo Online 22/09/09)

"Se você gosta ou não gosta (de um governo), na eleição você troca. O que você não pode é aceitar o fato de um golpista se achar no direito de ser presidente sem disputar as eleições. Por isso, nós estamos dando apoio e gostaríamos que os golpistas se dispusessem a negociar para encontrar uma saída acordada e democrática" (Globo Online 22/09/09)

"A direita que ficou sem poder não pode achar que tem direito de dar um golpe" ( Globo Online 23/09/09)

"Vocês vão ter que acreditar num golpista ou em mim" (Globo Online 24/09/09)

"O caso concreto é que você tem um golpista no poder. E o presidente eleito democraticamente foi afastado do cargo. E é justo que o presidente eleito queira voltar a seu cargo" (Globo Online 24/09/09)

"Lutamos muito para varrer para a lata do lixo da história as ditaduras militares. Não podemos permitir retrocessos deste tipo no nosso continente" (Globo Online 26/09/09)

"Eu não discuto mais Honduras" (Globo Online 05/10/09)

"No caso de Honduras, o Brasil não tem porque repensar a questão. É preciso firmar posição sobre as coisas porque isso serve de alerta para outros aventureiros. O dado concreto é que os golpistas não permitiram que o presidente voltasse para coordenar o processo eleitoral, o que é um sinal muito perigoso e muito delicado, porque ainda existem muitos países, na América Central sobretudo, com vulnerabilidade política" ( O Globo 29/11/09)

"Se os países que podem dar orientações e fazer gestos não fizerem isso, daqui a pouco a gente não sabe onde haverá mais um golpe. Quem não gosta da atitude de um presidente tem o Congresso Nacional, tem a Justiça local para recorrer." ( O Globo 29/11/09) 

"Não sei se depois da eleição vão querer que ele volte para o poder. É no mínimo uma piada tudo isso, mas faz parte da cultura latino-americana." (O Globo 29/11/09)

"O problema agora é muito mais de Honduras do que do Brasil." ( O Globo 01/01/10)



Celso "Magalonanico" Amorim: "Não estou dizendo que seria correto ou que seria justo (as medidas tomadas por Zelaya, que provocaram sua deposição), mas que há procedimentos corretos para fazer isso. Não é pegar um fuzil, colocar na cabeça de um Presidente da República e sequestrá-lo para outro país" (Globo Online 24/09/09)

"Ninguém está insuflando, estamos tentando ter uma ação moderadora também" (Globo Online 24/09/09)

"Muito da mídia brasileira diz que a volta do Zelaya criou uma crise. Mas a secretária de Estado (americana, Hillary Clinton), o secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos, José Miguel Insulza), todos eles viram isso como uma oportunidade para resolver o problema" (Globo Online 24/09/09)  

"O Brasil virou guardião de um presidente democrático e legítimo do país. Seria muito fácil para nós tirar os dois diplomatas e o oficial administrativo. O problema de segurança, do ponto de vista do Brasil, terminaria. Mas não podemos fazer isso. Seria uma covardia, um gesto de desrespeito à democracia e um incentivo a outros golpes de Estado no continente, coisa que nós não podemos fazer" (Globo Online 28/09/09)

"Estamos achando que as coisas estão caminhando no sentido que desejamos." (Globo Online 05/10/09)

"O Brasil não vai reconhecer a eleição [de domingo] em Honduras" (Blog do Noblat 27/11/09)

"O Brasil não reconhece governos. O Brasil reconhece estados. O problema, portanto, não é o de reconhecer o governo ou não. O problema é o tipo de relação que se vai querer manter. Isso vai depender da evolução da situação." (O Estado de São Paulo 27/01/10)


 
Marco Aurélio "Top Top" Garcia:"tendência é Honduras ser excluída da OEA"( Blog do Noblat 27/11/09)

"Vamos levar esse assunto para a reunião do Grupo do Rio, que será em Cancún (México) no mês que vem. Estamos analisando os acontecimentos em Honduras e mantemos nossa posição de repudiar o golpe de Estado que houve lá" ( O Estado de São Paulo 26/01/10)

Pois é! Basta seguir as falas dos tres trapalhões para entender porque não conseguimos acertar uma no campo diplomático.

Hoje Honduras empossa o Presidente eleito pelo voto, manda embora aquele que foi cassado pela Suprema Corte Hondurenha de acordo com  a Constituição daquele país e em total respeito ao seu sistema legal, e nós, brasileiros, graças aos tres patetas acima, mais uma vez fizemos papel de bobos. Viva Honduras!





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