sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Gilmar Mendes, Ministro do Supremo Tribuna Federal. Que decepção!

Eu venho acompanhando algumas manifestações do Ministro Gilmar Mendes nos últimos tempos e até recentemente o considerava uma pessoa inteligente.

Depois da sessão de ontem no STF, passei a considerá-lo mais inteligente ainda. Calma! Calma! Não se precipitem! Deixem-me terminar de escrever!

O Ministro reconhece que houve crime de quebra de sigilo, mas NÃO EXISTIRIAM PROVAS DE QUE PALOCCI ORDENARA QUE SE QUEBRASSE O SIGILO DO FRANCENILDO APESAR DE PALOCCI TER RECEBIDO OS EXTRATOS ORIGINAIS DAS MÃOS DE MATOSSO.

Ele conseguiu transformar a sessão em julgamento, quando não se tratava disto, e sim, de se constatar se havia indícios suficientes para acatar a denúncia, instaurar-se o processo e aí sim permitir o contraditório.

O Ministro Gilmar Mendes não conseguiu ou não quis ver a quantidade de indícios levantados pelo MPF no caso, assim como seus colegas que o acompanharam no voto.

Foi um belo exercício de como driblar a lógica colocando a "erudição" como instrumento para tanto.

Como alguns Ministros do STF disseram ..."foi um voto denso", seja lá o que for que isto signifique.

Ficou claro nesta sessão do STF que O CIDADÃO NÃO TEM QUALQUER PROTEÇÃO CONTRA O ESTADO!

E isto foi patrocinado por um Ministro que nos últimos tempos vinha dando demonstrações de que lutaria pela proteção do cidadão em relação ao poder do Estado.

De qualquer forma, restam os votos dos Ministros Marco Aurélio, Carmen Lúcia, Celso de Mello e Ayres Brito como uma pontinha de esperança na mudança de mentalidade deste Brasil colonial.
Aliás, após todo o sarcasmo que o Ministro Marco Aurélio usou ao proferir seu voto, falando o tempo todo para o Presidente do STF, detalhando a sequência dos fatos e os indícios, me pareceu, ao encerrar a sessão, estar vendo um Ministro Gilmar Mendes bastante acabrunhado.

Será que foi crise de consciência? Não sei. O que sei é que assisti a um papelão!

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